MUNDO
16/11/2020 |
O Alkantara Festival 2020 já começou. O mundo ao vivo em Lisboa
A edição 2020 do Alkantara — Festival Internacional de Artes Performativas é o início de uma conversa. Ao contrário das edições anteriores, os momentos de encontro por onde se prolongam e aprofundam as conversas iniciadas nos espetáculos não podem acontecer. Mas há urgências, interrogações artísticas, que interpelam o mundo onde vivemos, vozes portuguesas e estrangeiras que desafiam a norma e oferecem perspetivas divergentes sobre o mundo. O Alkantara reafirma em 2020 a importância do “ao vivo”.
Faustin Linyekula já não se apresenta em Lisboa. O coreógrafo do Congo era um dos nomes mais esperados, mas a sua presença foi cancelada. O programa mais atual mantém a potência vibrante das artes ao vivo com propostas como “Still Dance for Nothing” (2020) de colaboração entre a coreógrafa Eszter Salamon (de Berlim) e a bailarina portuguesa Vânia Doutel Vaz (na Culturgest, dias 13, 19h; 14 e 15, 11h); o regresso do coreógrafo marroquino Radouan Mriziga com “Tafukt” (no Teatro São Luiz, dias 17 e 18, 19h), que interroga porque é que algumas histórias são reescritas ou simplesmente descartadas; o questionamento sobre a dança e a escrita de dança com “Coreografia” de João dos Santos Martins (no Teatro D. Maria II, dias 23 e 24, 19h) ou ainda “Farci.e”, de Sorour Darabi, artista de origem iraniana (Lux, dias 19 e 20, 19h; dia 21, 11h), que trabalha a partir da particularidade da língua farsi, persa, onde não existe distinção entre “ela” e “ele”.
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Fonte: Expresso