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Em ano de pandemia as exportações de produtos agrícolas e agroalimentares aumentaram 5,8%

Em 2020, as exportações de produtos agrícolas e agroalimentares, excluindo as bebidas, aumentaram 5,8% face a 2019 apesar da pandemia de covid-19 que afetou vários setores económicos, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira.

Os dados do gabinete estatístico para o ano agrícola 2019/2020 mostram ainda que houve uma redução de 1,8% das importações da mesma categoria, levando a uma “melhoria do saldo da balança comercial (diminuição do défice em 429,7 milhões de euros)”.

“Assim, a agricultura globalmente terá atravessado um ano marcado pela pandemia Covid-19 evidenciando uma resiliência que não foi patente em muitos outros setores da atividade económica nacional”, conclui o INE.

PORTUGAL USA MAIS PESTICIDAS QUE A MÉDIA EUROPEIA

O INE divulgou ainda a análise aos indicadores agrícolas no âmbito do “Green Deal” (Pacto Ecológico Europeu), no contexto da União Europeia (UE). Neste caso, no ano de 2019, em Portugal “foram vendidos 2,2 kg [kilogramas] de substância ativa dos principais grupos de pesticidas por hectare de SAU [Superfície Agrícola Utilizada]”, ficando acima da média europeia (1,8 kg).

Por outro lado, “Portugal é o Estado-Membro com menor consumo de fertilizantes minerais (azoto e fósforo)” tendo registado, em 2019, um consumo de 31 kg por SAU.

Adicionalmente, “em 2019 apenas 5,3% da SAU estava certificada para o modo de produção biológico”, sendo que a meta para 2030 é 25%.

Quanto à importância da agricultura na emissão de gases de efeitos de estufa, Portugal vai ao encontro da média europeia. Contudo, viu um aumento de 12,6% face a 1990, ano em que a UE assinou o Protocolo de Quioto comprometendo-se a reduzir as emissões em 20% até 2020, meta que aumentou para 40% até 2030 com o Acordo de Paris. No seu todo, a UE está num bom caminho, tendo reduzindo 24% face a 1990, mas cinco países (entre os quais Portugal) viram aumentos neste aspecto.

Fonte: Expresso

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