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Adélia Prado vence Prêmio Camões 2024
A escritora brasileira Adélia Prado é a vencedora do Prémio Camões 2024, anunciou esta quarta-feira a Ministra da Cultura num comunicado enviado às redações.
Segundo o júri, “Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras ‘Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo…’, Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”, indica a nota.
A escritora nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, em 1936, e é licenciada em filosofia.
Depois de publicar os seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte, escreveu em 1975 o seu primeiro livro, com o nome “Bagagem”, deixando Carlos Drummond de Andrade impressionado com a sua escrita. No ano seguinte a obra foi lançada no Rio de Janeiro.
Em 1978 escreveu O Coração Disparado, com o qual conquistou o Prémio Jabutide Literatura, conferido pela Câmara Brasileira do Livro. Nos dois anos que se seguiram dedicou-se à prosa, com Solte os Cachorros em 1979 e Cacos para um Vitral em 1980. Volta à poesia em 1981, com Terra de Santa Cruz.
O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa, instituído pelos Governos de Portugal e do Brasil, foi atribuído pela primeira vez em 1989, ao escritor português Miguel Torga.
Segundo o texto do protocolo constituinte, assinado em Brasília, em 22 de junho de 1988, e publicado em novembro do mesmo ano, o prémio consagra anualmente “um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”.
Nos últimos anos, foram galardoados com o Prémio Camões: João Barrento (2023), Silviano Santiago (2022), Paulina Chiziane (2021), Vítor Aguiar e Silva (2020), Chico Buarque de Holanda (2019), Germano Almeida (2018), Manuel Alegre (2017), Radouan Nassar (2016), Hélia Correia (2015), Alberto Costa e Silva (2014), Mia Couto (2013); Dalton Trevisan (2012); Manuel António Pina (2011); Ferreira Gullar (2010) e Arménio Vieira (2009).
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