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Atriz portuguesa chega aos cinemas do Brasil em três longas

A atriz portuguesa Isabél Zuaa regressa este mês às telas de cinema do Brasil em três longas-metragens de cineastas brasileiros, uma das quais, “Um animal amarelo”, com que venceu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado de 2020.
Além do filme realizado por Felipe Bragança, a atriz portuguesa pode ser vista no Brasil em “Doutor Gama”, de Jeferson De, e em “O novelo”, de Cláudia Pinheiro, que vai estar em competição na categoria longas-metragens no 49.ª Festival de Gramado.
Após o certame, que começa na sexta-feira e termina em 21 de agosto no município do Rio Grande do Sul, “O novelo” tem estreia prevista até final deste ano nas salas de cinema brasileiras.
Segundo a página do 49.º Festival de Gramado, a trama de “O novelo” gira em torno de cinco irmãos que são criados pelo irmão mais velho depois da morte da mãe.
Já adultos, são informados de que um homem em coma numa unidade de cuidados intensivos pode ser o pai. Na sala de espera do hospital, os irmãos encontram-se e acabam por mergulhar nos conflitos pessoais e nas memórias, através do tricô que aprendido na infância.
Em “O novelo”, a atriz, cantora e performer portuguesa representa Alzira, a mãe que é abandonada pelo marido depois do parto do quinto filho.
Já em “Doutor Gama”, que se estreou na última quinta-feira nos cinemas brasileiros, Isabél Zuaa dá corpo à personagem Luiza Mahin, mãe de Luiz Gama, um dos heróis da luta abolicionista no Brasil.
Nesta longa-metragem, o realizador Jeferson De acompanha a vida do advogado Luiz Gama que, nascido livre e vendido pelo pai como escravo aos 10 anos de idade, estudou Direito por conta própria e libertou centenas de escravos.
Citada pela página brasileira RG, Isabél Zuua disse ter sido “uma honra” representar a personagem de Luiza Mahin devido aos “valores na luta por um mundo mais justo” que esta mãe deixou de herança ao filho.
Nascida em Lisboa em 1987, Isabél Zuaa é filha de mãe angolana e pai guineense e cresceu no bairro do Zambujal, em Loures, com os três irmãos mais velhos.
Para a atriz, que busca dar protagonismo às conquistas das mulheres negras, é importante mostrar o trabalho de mulheres que, através do seu esforço, podem mudar “alguns ciclos viciosos”, levando a que outras gerações se possam reconhecer no trabalho daquelas e dizer “eu estou ali”.
Em Portugal, Isabél Zuaa integra o projeto União Negra das Artes, que reúne profissionais de várias áreas da cultura, para dar voz às reivindicações de artistas negros.
Este mês chega também às salas de cinema do Brasil a longa-metragem “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, que foi exibido no Festival do Rio no domingo, e com o qual a artista portuguesa conquistou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado de 2020.
Em “Um Animal Amarelo”, Isabél Zuaa interpreta a personagem Catarina que lidera um grupo de moçambicanos que usam um cineasta brasileiro para conseguirem vender pedras preciosas. Para a atriz, os atos de Catarina são resposta às adversidades que viveu.
Isabél Zuaa foi aluna do Chapitô, em Lisboa, e formou-se em teatro, em 2010, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. No mesmo ano da formatura, ao abrigo de um intercâmbio entre aquela escola superior e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, mudou-se para o Brasil onde frequentou o curso de artes cénicas.
A estreia da atriz no cinema ocorreu com a curta-metragem “Por Favor, Não Toques na Minha Afro” (2012), escrita e dirigida por Patrícia Couveiro. Do currículo da atriz no cinema, contam-se “O nó do diabo” de Ramón Porto Mota, “As boas maneiras”, de Marco Dutra e Juliana Rojas, “Joaquim” de Marcelo Gomes”, “Selvageria” de Filipe Hirsch, e a série “Sul”, de Ivo Ferreira.
Reconhecida e premiada no cinema, mas também no teatro, a atriz é uma das autoras do projeto Aurora Negra, criado com Cleo Diára e Nádia Yracema, que venceu a 2.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, destinada à produção de espetáculos de jovens artistas.
Além do D. Maria II, em Lisboa, a peça esteve em cena noutras salas portuguesas e, este ano, integrou a programação do Festival de Almada.
Fonte: Mundo Lusíada
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