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Mais de 600 mil jovens inscritos na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa

Primeiro-Ministro Antonio Costa, elogia todos os que, profissionalmente ou como voluntários, têm ajudado a “construir” esta Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer em Lisboa. Foto Reprodução/Governo

Mais de 600.000 peregrinos inscreveram-se até este sábado na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza entre 01 e 06 de agosto em Lisboa, revelou o presidente da Fundação JMJ.

 

“Na primeira fase já são mais de 600 mil jovens que manifestaram interesse em participar nessa jornada. Dessa primeira fase para as outras há um caminho, mas é um número muito significativo comparando com outras jornadas”, disse Américo Aguiar, durante uma visita à sede da Fundação JMJ, em Lisboa, do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e do primeiro-ministro português, António Costa.

 

Num curto discurso, antes da visita às instalações, o bispo auxiliar de Lisboa adiantou que nesse lote de inscritos está representado “a quase totalidade dos países do mundo”.

 

A 80 dias do início do encontro mundial, que vai contar com a presença do Papa Francisco, Américo Aguiar pediu confiança na organização e assegurou que tudo está a ser feito “dentro dos calendários”.

 

O presidente da Fundação JMJ disse ainda que não se pode “perder muito tempo”, tendo em conta que falta cerca de dois meses e meio, sentindo um “misto entre alegria e aflição”.

 

A acompanhar António Costa estiveram os ministros da Saúde, Manuel Pizarro, da Administração Interna, José Luís Carneiro, e a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que é a responsável do Governo pela organização do encontro mundial.

 

Na visita marcaram também presença o coordenador da JMJ nomeado pelo Governo, José Sá Fernandes, e o Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

 

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

 

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

 

A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

 

O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJLisboa2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus. Este gesto marcou a abertura mundial das inscrições para o encontro mundial de jovens com o Papa.

 

Governo

O primeiro-ministro elogiou o trabalho da Igreja Católica para que o evento seja “um grande sucesso”, considerando que o evento é “uma extraordinária oportunidade” para a reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa e Loures.

 

“Senhor cardeal [secretário de Estado do Vaticano] queria-lhe assegurar da parte das autoridades portuguesas, permita também testemunhar tudo o que a igreja tem feito, para que esta JMJ seja um grande sucesso”, disse António Costa durante a visita.

 

O primeiro-ministro considerou que a jornada, representa “uma extraordinária oportunidade” para os concelhos de Loures e Lisboa, uma vez que, “25 anos após de se ter realizado a Expo 98, finalmente a frente ribeirinha do Tejo e do Trancão vai ficar concluída graças às intervenções que estão a ser feitas nesta frente de rio e a sua extensão até à plataforma ribeirinha da Bobodela”.

 

António Costa disse também que o Estado português “desde a primeira hora entendeu que devia responder presente ao convite que foi feito para apoiar a organização da JMJ”, tendo em conta a ”relação secular” do país com a Santa Sé” e “o respeito” para com os “muitos portugueses que são crentes”.

 

O primeiro-ministro frisou que a JMJ “é uma mensagem que o Papa Francisco quer dirigir ao conjunto da humanidade, a partir dos jovens, crentes e não-crentes”, colocando as novas gerações no centro do “desenvolvimento coletivo”.

 

“Num mundo onde somos marcados pela guerra, pelos conflitos, as divisões e separações, a melhor forma de responder é fazer o contrário: juntar, quando se quer separar; falar de paz, quando há uma guerra; e é, sobretudo, aprendermos todos que partilhar este mundo é aprender a conhecer-se melhor, a diferença de cada um”, precisou.

 

António Costa disse ainda que vai ser a segunda vez que o Papa Francisco vem a Portugal, sendo este “seguramente um excelente motivo” para celebrar com a juventude “do mundo aquilo que é a ambição de um futuro de prosperidade e de paz para toda a humanidade”.

 

O secretário de Estado do Vaticano deu conta da importância da JMJ para a promoção de “uma cultura de paz e convivência pacífica”, que deveria caracterizar o mundo, desejando que os jovens sejam os protagonistas da mudança.

 

Pietro Parolin, que presidiu às celebrações do 13 de maio em Fátima, destacou a colaboração entre a Igreja e as entidades públicas portuguesas na preparação da encontro.

 

“O sucesso da JMJ começa aqui. Cada JMJ correu bem na medida em que é bem preparada. Essa preparação torna-se importante nos aspetos organizativos e logístico”, disse, destacando os mais de um milhão de peregrinos de todo o mundo que são esperados em Lisboa na primeira semana de agosto.

 

O secretário de Estado do Vaticano visitou também hoje as obras de preparação do Parque Tejo para a Jornada Mundial da Juventude, que vai contar com a presença do papa Francisco.

Fonte: Mundo Lusíada

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