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Os riscos da falta de informação reputacional sobre clientes e fornecedores, de um ponto de vista de compliance – tangibilizando alguns casos [EthQuo]
Alguns dos mais importantes pilares de um programa de conformidade para o mundo corporativo são aqueles relativos às práticas de avaliação de riscos, due diligence e revisão/monitoramento. Estes três pilares definem os contornos das práticas de mapeamento de riscos (que considera, de um ponto de vista abrangente, a própria organização e seus diversos stakeholders), de análise prévia de informações chave sobre clientes, fornecedores e outros parceiros na cadeia de valor (com vistas à identificação de aspectos que possam colidir com as políticas internas da organização) e de acompanhamento recorrente dessas informações chave.
Quando se fala sobre as interações da organização envolvendo clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio (coletivamente, as contrapartes de negócio), não causa qualquer estranheza comentar que os riscos sempre irão além daqueles meramente comerciais. Sem grande esforço, logo se conclui que as interações com contrapartes também produzem externalidades relevantes para a organização nos planos ambiental, social, reputacional, regulatório, financeiro (para além das perdas comerciais) e até criminal (neste caso, na pessoa dos administradores).
Na prática, no entanto, nem sempre as organizações conseguem facilmente vislumbrar cenários de riscos que não sejam de natureza comercial e as práticas que permitem detectá-los e manejar seus impactos. Neste texto compartilhamos alguns exemplos que vivenciamos em nossa experiência profissional, para fins de ilustração:
• Uma organização que atua no segmento de obras públicas para uma prefeitura tem como um de seus principais fornecedores uma empresa, cujo sócio administrador recentemente foi nomeado para chefiar uma secretaria municipal, na mesma cidade onde organização tem firmado a maioria de seus contratos. Nesse cenário, o secretário municipal recém-empossado passou a ter interesse financeiro direto no êxito e crescimento dos contratos a cargo da organização com a prefeitura, posto que isso aumentará o volume dos fornecimentos da empresa dele para a organização – situação que provoca um cenário de conflito de interesses com o município em questão. Através de seus processos de monitoramento de compliance, a organização identificou que o sócio administrador de seu fornecedor passou a ser uma pessoa exposta politicamente (ou PEP) e adotará as medidas adequadas para afastar potenciais situações de conflito de interesses, o que envolve a imediata redução de fornecimento e futura troca do fornecedor;
• Infelizmente ainda vemos casos reportados na imprensa de empresas cujos funcionários trabalham em regime análogo à escravidão ou com o emprego de mão de obra infantil. Uma cena tão degradante dentro do momento civilizatório da nossa espécie quanto perigosa para as organizações que contratam com aquelas empresas, ao menos de um ponto de vista reputacional. E é inócuo para a organização tentar alegar desconhecimento de situações dessa natureza, diante dos mecanismos atualmente disponíveis de acesso a informações. Uma organização do segmento de vestuário implementou práticas robustas de background check de fornecedores e, com isso, passou a visualizar antecipadamente certas condutas reprováveis de seus fornecedores (como as ora citadas), que poderiam denegrir de forma irreparável a idoneidade de sua cadeia de valor e sua gestão sobre a mesma. As ações concebidas pela organização para mitigar tais riscos vão desde a imediata interrupção do contrato de fornecimento e denúncia às autoridades competentes, até projetos colaborativos de definição de medidas corretivas que o fornecedor decida adotar;
• Poucos dias após concretizar uma venda importante para um cliente habitual, uma organização recebeu a informação de que tal cliente havia dado entrada em um pedido de recuperação judicial e sua organização ainda não havia tomado conhecimento deste fato – que, obviamente, eleva substancialmente o risco de inadimplência e perdas financeiras com aquela contraparte. Mesmo em clientes recorrentes, situações de risco financeiro (e outros) podem emergir de forma silenciosa, tal como retratamos. Práticas de diligência ou de monitoramento implementadas de forma efetiva permitem que a organização acompanhe a flutuação de informações chave de contrapartes, prevenindo-a de riscos.
Os exemplos trazidos buscam ilustrar, de forma prática, alguns cenários de risco relevantes, que podem ser evitados com a introdução de processos adequados, inspirados em políticas internas de governança e integridade. Na EthQuo, investimos fortemente em tecnologias que permitem que as organizações deem efetividade aos seus processos de background check e monitoramento de compliance, através de uma interface desenhada à feição das necessidades dos profissionais dedicados à avaliação de riscos com contrapartes.
Não é necessário que sua organização incorra em custos elevados para que os antecedentes reputacionais adversos de suas contrapartes sejam conhecidos de forma abrangente e os riscos pertinentes sejam tempestivamente geridos; basta contar com a experiência de um parceiro especialista na área – e esse é propósito da EthQuo. Se o tema lhe interessar, fique à vontade para nos chamar em: contato@ethquo.com.
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