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Pandemia está a acelerar a implementação de cidades inteligentes em todo o mundo

Apesar dos obstáculos que tem vindo a colocar às cidades em todo o mundo, a pandemia de covid-19 está a contribuir para acelerar a implementação das smart cities (cidades inteligentes).

A conclusão é do estudo “Smart Cities Solutions for a Riskier World”, realizado pela ESI ThoughtLab e patrocinado pela Oracle, Deloitte, Intel, entre outras empresas –, que sublinha o papel da tecnologia, dados, cibersegurança e parcerias público-privadas no esforço de assegurar um futuro saudável, seguro e próspero para os cidadãos.

De acordo com 65% dos líderes de 167 municípios, a maior lição aprendida durante a pandemia foi a necessidade e relevância das iniciativas das smart cities para o seu futuro. E quase quatro em cada dez declararam que a covid-19 sublinhou a necessidade de se investir mais na modernização das principais infraestruturas.

O estudo inclui um inquérito, realizado em agosto e setembro de 2020 a responsáveis de topo de 167 cidades em 82 países, incluindo as regiões da Ásia, América do Norte, América Latina, MENA, Europa e África. No total, as cidades – com dimensões que variam entre menos de um milhão de habitantes e quase 27 milhões – representam 526 milhões de pessoas (6,8% da população mundial) e situam-se em mercados emergentes (43%) e em países desenvolvidos (47%).

As cidades foram avaliadas ao nível da sua maturidade em termos de aplicação de soluções inteligentes – principiantes, intermediárias ou líderes – e dos avanços no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas – sendo, neste caso, classificadas como implementadoras, avançadas ou sprinters. As cidades que se destacam nas duas categorias foram consideradas Cidades 4.0: Aarhus, Atenas, Baltimore, Barcelona, Berlim, Birmingham, Boston, Copenhaga, Helsínquia, Londres, Los Angeles, Madrid, Moscovo, Nova Iorque, Orlando, Paris, Filadélfia, Singapura, Talin e Viena.

DAS PLATAFORMAS CLOUD À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O investimento em plataformas cloud (sistemas de computação na nuvem) é destacado por 88% dos líderes municipais como sendo o requisito mais urgente para alcançar o sucesso dos serviços destinados aos cidadãos. Todas as cidades 4.0 já realizaram grandes investimentos na cloud, com a rentabilidade média dos investimentos em infraestruturas digitais a situar-se nos 5,74%.

66% das cidades estão ainda a investir em força na inteligência artificial (IA) e 80% preveem fazê-lo nos próximos três anos, com destaque para os assistentes digitais e chatbots. A América do Norte e as pequenas cidades lideram a utilização de IA.

“Constatamos que as cidades mais bem-sucedidas são as que estão focadas em tecnologias emergentes com um impacto direto na prestação de serviços, tais como a computação na nuvem, a IA e os assistentes digitais,” afirma John Tuohy, diretor de estratégia das smart cities da Oracle. “Disponibilizar e garantir o acesso remoto aos colaboradores e aos residentes nas cidades é crucial para manter a continuidade do negócio e o funcionamento da economia.”

Ainda assim, seis em cada dez líderes municipais reconhecem que as suas cidades não são imunes aos ciberataques internacionais ou domésticos, apontando vulnerabilidades que decorrem de constrangimentos financeiros ou da redução do leque de talentos em tecnologias de informação, entre outros fatores.

Mas as cidades 4.0 parecem ter maior preocupação com a cibersegurança: a quase totalidade dos responsáveis destas cidades garante que este é um tema considerado desde o início dos projetos e revela ter mais confiança na sua cibersegurança do que as cidades que ainda estão a iniciar este caminho rumo às cidades inteligentes.

Fonte: Expresso


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