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Premiada artista Joana Vasconcelos expõe no MAAT, em Lisboa

Com “Plug-in”, a aclamada artista relembra sua história e restabelece ligação com sua cidade.
Depois de se consagrar na cena mundial de arte contemporânea, a premiada artista portuguesa Joana Vasconcelos retorna ao seu país apresentando “Plug-in”, uma exposição individual ambiciosa, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), situado à beira do Rio Tejo, em Lisboa.
Com inauguração no próximo dia 29, a mostra reunirá obras inéditas e icônicas produzidas pela artista desde 2000, além de peças da Coleção de Arte Fundação EDP, estabelecendo um diálogo entre o patrimônio da eletricidade, a tecnologia e as artes plásticas.
“Plug-in” ocupará tanto o edifício MAAT Central, quanto o MAAT Gallery. O primeiro apresentará a Árvore da Vida (2023), criada no contexto da Temporada Cruzada Portugal-França e adaptada agora à Sala dos Geradores da Central Tejo. Já, no MAAT Gallery serão expostas sete obras: a inédita Drag Race (2023), que estabelece um diálogo com War Games (2011); duas viaturas convencionais transformadas em obras de arte — uma completamente ornamentada com talha dourada e plumas, e a outra, coberta com espingardas de brinquedo e recheada com bonecos de pelúcia —; a máscara de espelhos I’ll Be Your Mirror (2019) e o gigantesco anel Solitário (2018), na área externa do museu — ambas as peças marcaram presença no Guggenheim de Bilbao, na Espanha, e estarão pela primeira vez na região lisboeta; e por fim, direto da Ásia e estreando na Europa, a tentacular escultura têxtil Valkyrie Octopus, criada em 2015 para o MGM Macau, que ficará suspensa na Galeria Oval.
Juntam-se a essas obras, outras de produções mais antigas como Stangers in the Night (2000), que tem um caráter simbólico por ter integrado Medley, a primeira retrospectiva de Joana Vasconcelos, quando da sua conquista da primeira edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, em 2000. Pertencente à Coleção de Arte Fundação EDP, a peça permite relembrar a história da artista, sem nunca perder a ligação elétrica, que acompanha o mote da exposição.
Biografia
Nascida em 1971, Joana Vasconcelos é uma artista plástica portuguesa reconhecida pelas suas esculturas monumentais e instalações imersivas. Ao descontextualizar objetos do cotidiano e atualizar o movimento de artes e ofícios para o século XXI, estabeleceu um diálogo produtivo entre a esfera privada e o espaço público, a herança popular e a alta cultura. Com 30 anos de carreira, humor e ironia, questiona o estatuto da mulher, a sociedade de consumo e a identidade coletiva. O sucesso internacional chegou em 2005, com A Noiva, na primeira Bienal de Veneza curada por mulheres, onde voltou outras sete vezes ao leme do Trafaria Praia, enquanto Pavilhão de Portugal, o primeiro flutuante do certame.
Em 2012, foi a mais jovem e primeira artista mulher a expor no Palácio de Versalhes, na França, tendo batido o recorde de exposição mais visitada do país, com a adesão de 1,6 milhão do público. Em 2018, tornou-se a primeira artista portuguesa a ter uma individual no Guggenheim, de Bilbao, consagrando-se como a quarta melhor daquele ano para The Art Newspaper e a terceira mais visitada da história do museu. Suas obras de arte integram exposições e coleções nos quatro continentes, tais como as das fundações Calouste Gulbenkian, Louis Vuitton e François Pinault.
Acumulando mais de 30 prêmios ao longo da carreira, em 2009, recebeu o grau de Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, pela Presidência da República Portuguesa e, em 2022, tornou-se Oficial da Ordem das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura Francês.
Atualmente gere o Atelier Joana Vasconcelos, fundado em 2006 em Lisboa, que conta com cerca de 50 colaboradores e, em 2012, criou a Fundação Joana Vasconcelos que visa conceder bolsas de estudo, apoiar causas sociais e promover a arte para todos.
Sobre o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT)
Inaugurado em outubro de 2016 no contexto da política de mecenato cultural assumida pela Fundação EDP, o MAAT é uma instituição internacional que se dedica a promover o discurso crítico e a prática criativa com vista a suscitar novos entendimentos sobre o presente histórico e um compromisso responsável para com o futuro comum. Situado na frente ribeirinha da zona histórica de Belém, em Lisboa, o campus da Fundação EDP abrange uma área de 38 mil m2 que engloba uma central termoelétrica reconvertida – a Central Tejo, edifício emblemático da arquitetura industrial, construído em 1908 – e um novo edifício desenhado pelo estúdio de arquitetura londrino AL_A (Amanda Levete Architects). Ambos acolhem exposições e eventos e estão ligados por um jardim projetado pelo arquiteto paisagista libanês Vladimir Djurovic.
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